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RPG

RPG, siga para Role Playing Game é uma termo em inglês que pode ser traduzido para “Jogo de Interpretação de Personagens”. A atividade consiste em construir uma narrativa ficcional em grupo, cada pessoa encarregada de desempenhar um papel específico na história. Tais papeis se dividem em narrador e jogadores. O narrador, também conhecido como mestre, desenvolve a história, estabelece a atmosfera, constrói o universo fictício e interpreta cada um dos personagens secundários. Os jogadores, por outro lado, atuam como protagonistas, cada um com um personagem distinto. É a interação entre todos os participantes que tece uma trama extremamente maleável, definida por cada decisão tomada.
 
 

Inspirados em romances como O Hobbit e O Senhor dos Anéis, os amigos Gary Gigax e Dave Arneson criaram o primeiro RPG, nos EUA em 1971. Chamava-se The Fantasy Game, mas foi rebatizado em 1974 para Dungeons & Dragons, jogo que existe até hoje e está em sua quinta versão atualmente. Com base em jogos estratégicos de guerra, eles pensaram num jogo semelhante, só que em que cara jogador controlasse apenas um personagem, e não dezenas.

Chegou ao Brasil nos anos 80 através de estudantes universitários que conseguiam importar livros e repassar cópias aos amigos. Em 1991, não somente um RPG foi traduzido pela primeira vez para o portugês (GURPS) como também foi criado o primeiro jogo nacional: Tagmar. Em seguida foi escito Vampiro, a Máscara, um jogo que teve seu enorme sucesso baseado no foco profundo dado ao drama dos personagens. Se voltava ao público adulto não só por isso, mas também pela atmosfera de terror e pela frequente presença de conflitos políticos entre clãs de vampiros. No ano 2000, o RPG nacional se consolidou com os títulos Tormenta e 3D&T, jogados até hoje.

A internet trouxe muitos novos adeptos a esse tipo de jogo graças ao fácil acesso a livros e manuais. Editoras, dissertações, artigos e blogs investem no assunto e vendem diversos materiais sobre o tema. Hoje o RPG “de mesa” possui muitos adeptos em todo o mundo, mas ainda é pouco conhecido do grande público.

Como funciona?

No jogo, os personagens vivem aventuras que lembram os grandes épicos de nossa literatura e cinema: enfrentam monstros, salvam princesas, desafiam impérios galácticos e fazem escolhas que podem até transformá-los em vilões ou anti-heróis. Existem RPGs de todos os gêneros: de fantasia medieval ao terror, de histórias modernas de detetives até cenários históricos, de super-heróis até ficção científica. Joga-se com base em um conjunto de regras (denominado sistema) escolhido pelo narrador, mas a história não tem rumos definidos e é construída pelas ações de cada jogador.

 

  • Narrador/Mestre: O jogo possui apenas um narrador que é o mestre. É a pessoa que cria a história, julga as ações dos personagens, interpreta monstros, vilões, aliados, cria desafios e determina seus resultados. O narrador não possui um personagem fixo, mas ele controla todos os personagens não-jogadores de uma aventura, ou seja, todos os que não tem uma pessoa por trás. Eles servem para enriquecer a história, seja para ajudar ou atrapalhar os planos dos protagonistas. O Mestre é como se fosse o diretor e o roteirista do jogo, definindo eventos, figurantes e cenários.

 

  • Jogador: É a pessoa que cria e interpreta seu próprio personagem, um ator ativo dentro do enredo do jogo. Através das regras pré-estabelecidas para a partida, o jogador constrói livremente seu personagem e suas várias características. Toda vez que um jogador que tomar uma atitude dentro do jogo, ele diz ao narrador o que seu personagem pretende fazer. E, se o Narrador é o diretor e roteirista do jogo, os Jogadores são os atores principais. É necessário levar em conta a personalidade de seus personagens, e não suas próprias, ao agir dentro da história.

E o vencedor?

Esse é um dos pontos mais importantes do RPG. Em uma partida significativa não existe uma competição propriamente dita e não temos um vencedor. O RPG é conhecido por ser um jogo cooperativo e colaborativo entre jogadores e narrador, do que uma disputa. Todos na partida se unem por um objetivo comum dentro da história. O Narrador não é o oponente dos Jogadores, mas sim quem cria desafios e recompensas para que a trama seja interessante e divirta a todos.

Aplicações Educacionais

O RPG tem sido tema de muitas pesquisas acadêmicas, sendo possível encontrar diversos artigos, livros e blogs sobre o assunto. Por não ser um jogo competitivo e por estimular a criatividade e o trabalho em equipe, é usado como ferramenta educacional complementar. Além disso, incentiva o gosto pela leitura e pela escrita, fortalece a eloquência e a expressividade dos participantes, e principalmente exercita sua capacidade de se colocar na posição de pessoas diferentes dele.

Curiosidade:

O site do Jovem Nerd é conhecido por abordar temas sobre entretenimento, em especial: cinema, séries de televisão, ficção científica, quadrinhos, viagens e role-playing game (RPG). Eles possuem um podcast chamado Nerdcast no qual - além de tratarem sobre outros assuntos - eles narram suas aventuras utilizando efeitos sonoros e trilhas para compor o ambiente da narrativa. Eles conseguem conduzir o jogo de forma bem-humorada, e por esse fato, fazem muito sucesso entre os jovens. 

 

Abaixo, três links dos seus podcasts caso algum de vocês tenham interesse em descobrir como acontece um jogo de RPG:

 

Nerdcast 251 – Especial RPG – O Bruxo, a Princesa e o Dragão

 

Nerdcast 291 – Especial RPG – O Duque, a Rosa e o Beholder

 

Nerdcast 341 – Especial RPG – O Corvo, a Periguete e o Bucentauro

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